terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Papa responde a carta enviada por grupo de gays católicos e os abençoa


Não, o título acima não é uma pegadinha, paródia ou fantasia. Aconteceu este ano e foi notícia em outubro. Deixamos este como nosso último post neste ano de 2013 como nossa retrospectiva particular: de tudo o que aconteceu neste ano em relação aos LGBTs em geral e aos cristão em especial, se fôssemos escolher uma notícia-síntese, seria esta. Ao mesmo tempo, deixamos este como nosso último post deste ano de 2013 como um testemunho-síntese das nossas esperanças para 2014: que, neste ano de Sínodo sobre as Famílias (saiba mais aqui. Não assinou a petição online ainda? Assine aqui!), a consulta pública solicitada pelo Vaticano sirva de inspiração para o diálogo e para uma maior participação e envolvimento de todos os batizados nos rumos não só da nossa Igreja, mas do mundo. Como nos convida insistentemente o Papa Francisco, que cada vez mais nossos ouvidos se abram e nossos corações e mãos se disponibilizem para atender ao chamado do Evangelho para o serviço ao próximo e para a construção de um mundo e que sejamos todos irmãos.

A imprensa italiana informou em 8/10/2013 que o Papa Francisco respondeu a uma carta enviada por um grupo de homossexuais que pedia abertura e diálogo por parta da Igreja Católica. Segundo o jornal La Repubblica, o Pontífice definiu a carta como um gesto de "espontânea confiança", mas o Vaticano não divulgou a troca de correspondências, que chegou até os jornais por meio do italiano Innocenzo Pontillo, um dos responsáveis pela iniciativa.

A carta foi enviada ao Papa em junho. O documento lamentava a maneira como a Igreja "alimenta sempre a homofobia" e pedia que o Vaticano começasse a tratar os gays como pessoas, e não como uma "categoria". Pontillo destacou que, em sua resposta, o Papa enviou sua "benção" e demonstrou "apreciar muito o que foi escrito".

"Nenhum de nós poderia imaginar que ele faria uma coisa do tipo", contou o italiano, surpreendido. Desde quando foi eleito, em março, Francisco fez declarações polêmicas sobre os homossexuais, reprimindo, às vezes, as concepções da própria Igreja Católica.

Em julho, o Papa declarou que não se deve "julgar" ninguém por ser gay. "Se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser integradas à sociedade. Devemos ser irmãos. O problema é fazer lobby, de pessoas gananciosas, lobby de políticos, de maçons, tantos lobbies. Esse é o pior problema", afirmou.

No mês passado, em uma entrevista exclusiva a um jornal italiano, Francisco também disse que a Igreja era "obcecada por aborto e gays".

Fonte: Jornal do Brasil

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