domingo, 1 de dezembro de 2013

O pensamento do cristão é livre e não uniforme


Partindo da liturgia do dia, o Papa Francisco explicou qual deve ser “o modo de pensar de um cristão”. O cristão, disse, deve pensar segundo Deus e, por isso, rejeitar um pensamento frágil e uniforme. Quem segue Jesus, não pensa só com a própria cabeça, mas com o coração e o espírito, dentro de si, para poder entender a ação de Deus na história. O Santo Padre celebrou Missa, nesta sexta-feira, 29 de novembro de 2013, na Capela da Casa Santa Marta no Vaticano, onde reside.
Jesus ensina seus discípulos a compreender os sinais dos tempos, que os fariseus não conseguiam. Ele quer que entendamos o que realmente acontece no coração, na vida, no mundo, na história. Pelo contrário, o espírito do mundo nos faz outras propostas e nos sugere seguir o caminho da uniformidade, sem pensamento e sem liberdade, explicou o Papa.
“O pensamento uniforme, o pensamento igual e frágil é um pensamento difundido... O espírito deste mundo tenta impedir o que Jesus nos pede: um pensamento livre por parte do homem, que faz parte do Povo de Deus. Eis o significado da salvação: ser povo, ser povo de Deus, viver na liberdade”, destacou.
Com efeito, recordou o Pontífice, Jesus quer que pensemos livremente, para entender o que acontece em nós e ao nosso redor. Devemos saber qual é a verdade. Para que isto aconteça, não podemos agir sozinhos, mas precisamos da ajuda do Senhor. Somente assim podemos entender os sinais dos tempos, sobretudo através da inteligência, que nos foi dada como dom do Espírito Santo.
O meio que o Senhor nos propõe é “através do espírito de inteligência, para entender os sinais dos tempos. É belo pedir ao Senhor Jesus esta graça: que nos envie o seu espírito de inteligência, a fim de que não tenhamos um pensamento frágil, um pensamento uniforme... mas um pensamento que brota da alma, do coração e que dá o verdadeiro sentido dos sinais dos tempos”.
Religião não é fato privado
Existem poderes mundanos que gostariam que a religião fosse uma coisa privada. Mas Deus, que venceu o mundo, deve-se adorar até ao fim com confiança e fidelidade, explicou o Papa. Tal como as provas passadas por Jesus durante a sua vida: os insultos, as calúnias, a cruz – também todos os que n’Ele acreditam terão que enfrentar provações em nome da fé.
“Não se pode falar de religião, é uma coisa privada, não é? Disto publicamente não se fala: Os símbolos religiosos são tolos. Temos que obedecer às ordens que vêm dos poderes mundanos. Podem-se fazer tantas coisas, coisas lindas, mas adorar Deus não. Proibição de adoração. Os cristãos que sofrem tempos de perseguição, tempos de proibição de adoração são uma profecia daquilo que nos acontecerá a todos”, exortou.
Imagem: Timothy Schmalz criou uma figura humana deitada em um banco de praça com um cobertor e revelando nos pés as feridas da cruficiação. Recentemente, de acordo com a Barcroft Media, a obra recebeu a bênção do Papa Francisco. O artista prepara uma réplica para ser enviada ao Vaticano. Inicialmente, Schmalz tentou deixar a estátua na Catedral de São Miguel, emToronto, e na Catedral de São Patrício, em Nova York, mas a peça foi recusada. 
Foto: Barcroft Media/Other Images

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