domingo, 13 de maio de 2012

Maria, mãe de Jesus

Imagem daqui

A primeira comunidade de Jerusalém era formada por judeus que aceitaram Jesus como Messias. Como bons judeus, eles cumpriam a Lei de Moisés, guardavam o sábado e participavam do Templo, mas também se reuniam no sábado à noite para a fração do Pão e cantar a Cristo como Senhor e Salvador. Isso trouxe perseguições dos mais fanáticos e, logo os de língua grega tiveram que fugir para outros lugares.

No início, os primeiros cristãos foram considerados uma seita do povo judeu, como eram também os fariseus e os saduceus. Quando a pequena comunidade de Jerusalém, Igreja mãe, se abre em Pentecostes aos pagãos, surge um novo estilo de viver a fé em Jesus.

O Evangelho de Mateus expressa a experiência cristã dos que eram de origem judaica: a fé se expressa na Torá, na caridade e no culto. Esta comunidade de Jerusalém manifesta uma cultura e costumes judaicos, com a supremacia do varão sobre a mulher. Com a revolta judaica (70 DC), muito judeus cristãos tiveram que sair de Jerusalém. É o caso da comunidade de Mateus, rejeitada pelos judeus ortodoxos e desprezada pelos pagãos.

Entendemos, agora, a presença calada e silenciosa de Maria em Mateus. Ela não pronuncia uma palavra, como é próprio das mulheres judias, mas está sempre próxima e ativa. Entendemos, também, porque é José quem recebe o anuncio do anjo, forma própria do Deus do AT oferecer uma missão a alguém.

Maria aparece em dois momentos no Evangelho de Mateus: nos relatos de infância e no ministério público de Jesus. Lembra quando a mãe de Jesus pergunta por ele, desejando lhe falar? Os que estão sentados, ouvindo o Senhor, são seus discípulos e Ele os assiná-la com a mão. Ser discípulo é cumprir a vontade do Pai. Mateus suprime a referência à pouca monta que Jesus recebe dos seus próprios parentes! Contuso, Maria está sempre unida ao seu Filho nos momentos fundamentais da sua vida e ministério.

(...) Maria, como a primeira discípula, está com seu filho desde a concepção até a Cruz.

Não há Jesus sem Maria nem Maria sem Jesus! (...)

- Pe. J. Ramón F. de la Cigoña, no blog Terra Boa

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