sexta-feira, 13 de abril de 2012

Igreja de Seattle diz "não" à homofobia


Temos sublinhado aqui a importância de não perder de vista o "magistério silencioso dos cristãos cotidianos" e lembrar que "Igreja" somos todos nós, e cada um de nós é responsável por ser a Igreja que queremos ver no mundo.

Como aconteceu no caso de Barbara Johnson e no caso dos padres suíços que se recusaram a ler uma carta pastoral de seu bispo, soubemos hoje de mais um exemplo de cristãos que deixaram a voz de suas consciências falar mais alto. A arquidiocese de Seattle, EUA, decidiu transformar suas paróquias em centros de coleta de assinaturas para uma campanha contra a aprovação da lei do casamento igualitário no estado de Washington. Porém, a catedral de St. James não vai participar, conforme anunciou seu pároco aos fiéis.

Para o Padre Michael Ryan, seria "doloroso e gravemente segregacionista" colaborar com a estratégia do Arcebispo de Seattle, Peter Sartain. "Embora o Arcebispo tenha decidido apoiar a campanha, ele sabiamente deixou a critério de cada sacerdote decidir se haveria ou não coleta de assinaturas em sua paróquia", explicou. "Após discutir o assunto com os membros da equipe ministerial da catedral, optei pela nossa não-participação. Acredito que isso poderia ferir as pessoas e causaria uma grave ruptura em nossa comunidade".

O Pe. Ryan não foi o único católico a torcer o nariz para a ideia. A governadora de Washington, Christine Gregoire, católica, foi quem aprovou o projeto de lei. O senador do estado, Ed Murray, gay e católico, grande defensor da lei, classificou a decisão do arcebispo de "repreensível".

Esse caso mostra bem por que, quando se fala em Igreja, não se pode pensar apenas no Papa, nos bispos e no clero: Igreja é uma realidade múltipla, plural, que abarca desde a criança que acaba de receber o sacramento do batismo até Bento 16 ou o bispo de sua cidade. É todo o povo de Deus que acredita em Jesus, o Cristo, e procura viver de acordo com a vida dele. Saiba mais sobre a doutrina da Igreja a respeito da prerrogativa da consciência aqui: "Como é possível uma pessoa gay ser católica?".

(Fonte: Advocate.com. Colaboração do sempre atento Hugo Nogueira)

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