sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Memória Trans*

Imagem daqui

Dia 20/11, além de dia da Consciência Negra no Brasil, foi também Dia Internacional da Memória Trans. Não sabíamos. Assim como não sabíamos que novembro é o mês internacional da visibilidade trans*. E, justamente por não sabermos, reproduzimos aqui o texto abaixo, do blog Subversiveopendiscourse, que chama a atenção para o fato e faz uma denúncia necessária.

Esse é o mês internacional de visibilidade trans, porém nada foi relatado ou nenhum evento marcado por nenhuma das principais militâncias LGBT’s no Brasil, nem ABLGBT, APOLGBT, GGB, etc. Nenhum portal LGBT noticiou.

Enquanto o movimento trans* e LGBT internacional se articula, infelizmente no Brasil continuamos invisíveis. Por isso esse post não será sobre o Dia da Consciência Negra (...) e sim sobre visibilidade trans*.

A visibilidade trans* no Brasil praticamente inexiste e as pessoas trans* e aliad@s terão que lutar para garantir voz e espaço mesmo dentro das militâncias. O dia da MEMÓRIA trans* que não foi LEMBRADO é o dia no qual lembramos das vidas de todas as pessoas que sofreram e perderam suas vidas devido ao cissexismo. Em suma, que perderam suas vidas por não se encaixarem no estereótipo normativo esperado de ‘mulher’ e ‘homem’ socialmente designado.

Nessa última semana, percebi que não só a visibilidade trans* era quase nula, mas que a visibilidade das pessoas trans* que se ID com identidades masculinas (trans FTM’s – mas não só), essa sim inexiste. Mais de um ativista LGBT revelou não conhecer o termo.

Nesse dia vamos pensar em quantas pessoas trans* conhecemos, o quanto conhecemos sobre o assunto e sobre ativismo, e se REALMENTE temos o direito de dizer que somos ativistas LGBT.

Vamos nos educar para não cairmos em discursos ofensivos.

Nesse dia vamos lembrar de todas as pessoas trans* E negras que perderam suas vidas, pessoas que são constantemente desumanizadas pela sua condição identitária, simplesmente por não se encaixarem na visão normativa social de corpo, gênero e raça. Lutar contra a desumanização das ID’s trans e lutar contra o racismo. Lutar pela integração dessas pessoas no meio social, garantindo humanidade, dignidade e acesso.

(Post original na íntegra, com links para outros materiais, aqui.)

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