domingo, 6 de novembro de 2011

Façam o que eles dizem, mas não imitem suas ações


Em vários episódios Jesus vai nos falar sobre humildade, simplicidade: sejamos simples como as pombas... felizes os simples ou puros de coração... a mão esquerda não saiba o que fez a direita... quando rezares entra no silêncio de teu quarto escuro...quando chegares em um banquete, procure os últimos lugares... enfim, inúmeras vezes o Mestre nos advertirá sobre o perigo do orgulho e da auto-elevação. Vamos, hoje, nos deter sobre o que Ele diz a respeito dos mestres da lei e dos fariseus.

No tempo de Jesus, eram os mestres da lei e os fariseus que detinham o conhecimento da religião, ou dos termos da lei religiosa, e, conhecendo-a, interpretavam-na como bem entendiam, muitas vezes impondo pesadas culpas e penitências aos menos favorecidos, ou àqueles que não ocupavam lugares de importância social. Ora, isso era uma situação de injustiça e, por isso, eram constantemente denunciados por Jesus.

Era costume, quando faziam penitências ou jejuns, que os mestres da lei e os fariseus usassem longas franjas em suas roupas ou sujassem os rostos com fuligem para que fosse visível a todos que se encontravam em uma situação especial. Jesus abole isso, dizendo que o que vale é aquilo que está no coração, aquilo que conta em segredo ao Pai. Os mestres gostavam de ser reconhecidos e saudados pelo que eram, falavam como "donos" da lei, mas não a aplicavam com misericórdia, nem conseguiam enxergar nela um Deus que era apenas Pai amoroso.

Jesus adverte, contudo, que seus ensinamentos não eram errados, pois que eram a própria Lei que o Senhor havia dado ao seu povo; mas, era inadmissível a forma como viviam, fazendo da lei divina uma forma de oprimir o povo. Por isso, Ele nos chama a atenção para termos os olhos postos no Mestre certo, para que não nos deixemos levar pelas tentações da soberba e do poder, para que procurássemos cultivar em nossos corações a verdadeira liberdade e justiça preconizados na Lei.

Que possamos manter puros os nossos corações, que possamos cuidar para que neles não habitem a soberba e a opressão ao próximo. Sejamos simples, humildes, abertos aos ensinamentos de Jesus e não ao que outros interpretam por nós. Sejamos, portanto, leitores autônomos da Palavra de Deus, livres para seguir o que Seu Espírito nos diz.

Texto para sua oração: Mt 23, 1-12

- Gilda Carvalho
Reproduzido via Amai-vos, com grifos nossos

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