quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Depoimento de Leda Ozório, mãe de uma das gaúchas que conquistaram o direito ao casamento igualitário


Duas semana depois de o STJ aprovar o processo sobre o casamento igualitário, trazemos o depoimento de Leda Ozório, mãe de uma das gaúchas que venceram o processo. Confira!

Sou Leda, mãe da Kátia, companheira, amiga e parceira de todas as horas da Leticia, as duas meninas (para as mães sempre serão meninas) que conseguiram, após anos de tentativas e negativas, o direito de legalizarem sua união tal como todo casal que constrói um lar em convivência de paz, amor e harmonia.

Meu depoimento é para deixar público que me orgulho desta filha carinhosa, inteligente, batalhadora, trabalhadora, estudiosa, de fibra, que OUSOU este fato inédito.

Pois infelizmente nossa sociedade é hipócrita. Convive com homens espancando esposas, matando ex-companheiras, incendiando namoradas, mas finge não aceitar pessoas do mesmo sexo convivendo com carinho e afeto.

Conflitamos ainda com religiosos que se dizem portadores da palavra de Deus e condenam o homossexualismo. Quantos dogmas da Igreja foram derrubados depois de muitos anos, provando que a palavra dos homens não é infalível? Pois sendo Deus Puro Espírito não vê o físico das pessoas, cor da pele, religião, sexo, comprimento do cabelo, etc., mas sim a leveza de sua alma e a pureza de seus pensamentos.

Quero deixar duas conclusões:
1º - Este fato inédito teve tanto assédio da mídia quanto o de Leila Diniz, que ousou ser a primeira mulher grávida a usar biquíni. Torçamos para que se torne tão trivial quanto aquele;
2º - Um ser humano não é melhor somente por ser heterossexual.

ESTÁ NA HORA DE ACABAR COM PRECONCEITOS.

- Leda Ozório
Reproduzido via SOMOS

2 comentários:

Equipe Diversidade Católica disse...

Caro Irmão,

Convido você a fazer um passeio em nosso blog e entender melhor o nosso ponto de vista.

Nossa vivência e testemunho nos levam a ter uma visão diferente da sua, amigo. Não encontramos nos Evangelhos nenhuma palavra de Jesus com relação ao homoerotismo nem à homoafetividade - ainda que dados históricos tornem bastante provável que o episódio da cura do "servo" ou "filho" do centurião refira-se, na verdade, à cura do amante do centurião, hábito comum entre os romanos da época. (Isso já foi assunto de um post específico, que você pode ler aqui. De toda forma, sendo assim Jesus em momento nenhum dirigiu ao centurião qualquer palavra de reprovação.)

Ademais, entendemos a sexualidade como uma dimensão inerente ao ser humano e indissociável da expressão de sua afetividade, para muito além da mera genitalidade, do mero ato sexual. Ser "gay" é muito mais do que o simples ato sexual entre duas pessoas do mesmo sexo. É a forma mesma como expressamos nosso amor, a forma como constituímos um casal, a forma como vivemos o afeto no maior grau de intimidade e entrega de que um ser humano é capaz.

Por isso, não podemos acreditar que a nossa orientação sexual seja necessariamente ruim - ou desordenada, como diz o Magistério Católico - em si. Acreditamos que toda sexualidade humana, como aliás todas as dimensões da nossa humanidade, pode ser vivenciada de uma maneira que nos aproxime de Deus ou dEle nos afaste. Quantos casamentos e relações heterossexuais desordenados você conhece? Serão bons e construtivos pelo simples fato de serem entre pessoas de sexos opostos? Enfim... fica para a sua (nossa) reflexão.

Muitos de nós vivem, sim, relações estáveis, maduras, sadias, que nos ajudam a crescer espiritualmente e nos põem em comunhão com Deus. E os que não vivem podem viver; apenas ainda não chegou a hora - como acontece, ou pode acontecer, com qualquer filho de Deus. Afirmar o contrário seria, mais que uma inverdade, uma traição da graça divina e das bênçãos derramadas pelo Senhor sobre nós.

Um forte e caloroso abraço.

Equipe Diversidade Católica disse...

A URL do link ficou incorreta, acesse este:
http://diversidadecatolica.blogspot.com/2011/06/jesus-cura-o-amante-do-centuriao.html

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