quinta-feira, 5 de maio de 2011

União Civil e Nossa Voz




Diante das manifestações acaloradas destes últimos dias sobre o assunto que tanto nos interessa, uma vez que estamos dentro do escopo que publicamente (CNBB) se manifesta contra a união estável em defesa da família, daremos voz a esta mesma Igreja que tem poucas chances de mostrar as múltiplas faces que a compõem.

Em primeiro lugar a voz da CNBB representa uma estrutura de poder como qualquer outra instituição social. Portando, não representa uma voz plural dentro da diversidade que também é a Igreja. Prova disto é a nossa postura geralmente má compreendida pela hierarquia da mesma.

O Diversidade Católica partilha da mesma visão de pequenas vozes dissonantes da Igreja que entendem que família é o núcleo de manifestação de amor e afeto, independente do homem e da mulher.

Minha noção pessoal de família passa longe do “homem” e da “mulher”, estrutura patriarcal, heteronormativa onde a mulher tem papel submisso ao homem. Se a noção de família não for baseado no afeto e no amor onde ficam os filhos de pais divorciados? Os filhos criados pelos avós? Pelas tias? E a mãe independe que resolve ter um filho? E inúmeras outras variáveis.

A defesa da naturalidade não é argumento válido, pois no Concilio Vaticano II houve a o entendimento de uma “independência científica”, ou seja, a Igreja a partir de 1962 passou, ou pelo menos deveria passar a não intervir nas prerrogativas científicas, como a noção de “natural”. Veja: Homofobia, natureza, religião, direito e ignorância.

Estamos do lado da Igreja que entende que a família é uma célula social que deve ser regida pelo amor e não pela determinação de papeis sociais.

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